Saiba o que levar em conta na hora de escolher o nome do bebê
Publicado: 27/07/2015, 13:24

Escolher um nome para seu filho é um das mais importantes decisões que você tomará na sua vida... e na dele. Por isso, o momento pede muita reflexão e bom senso. Durante a gravidez não faltam palpites. Mãe, sogra, amigos, todo mundo tem uma sugestão. O coro de opiniões pode até ajudar, mas também pode atrapalhar. Na ânsia de agradar ou homenagear os avós do bebê, muita gente acaba cedendo e usando combinações nada sonoras para dar nome à criança.
Hoje existem várias fontes de inspiração como novelas, revistas, livros, e até recursos tecnológicos como aplicativos, que podem ajudar na hora da escolha. Mas, seja qual for o nome pretendido, certifique-se de que ela segue alguns critérios para evitar que seu filho sofra constrangimentos no futuro. Para definir o nome pense em primeiro lugar no bem-estar do seu herdeiro, em como ele se sentira usando determinado nome, se o nome em questão não dará margem para apelidos grosseiros e debochados, se tem sonoridade e se é fácil de escrever, por exemplo.
Para ter mais tranquilidade na fase da escolha, tente deixar a discussão o mais restrita possível. Depois, apenas comunique a todos sua decisão (ou do casal). E tenha em mente que sempre vai ter alguém que vai torcer o nariz para a sua escolha. Como gosto é algo muito pessoal, você jamais vai conseguir agradar todo mundo.
Tipos de nomes
Especialista em onomástica (estudo dos nomes próprios) e antroponímia (estudo dos nomes de pessoas), a linguista Maria Vicentina do Amaral Dick divide os nomes próprios em dois grupos: os perenes, que são aproveitados sempre, como os bíblicos, e os de moda, que caem no gosto popular de tempos em tempos. "O que leva à escolha de determinado nome é a emoção, o amor, a familiaridade, as lembranças, a sonoridade. Existem os pais práticos, que vão pelos nomes da moda e não se dão ao trabalho de descobrir os significados, e os que estudam e procuram o que quer dizer para decidir de acordo com seu modo de pensar", enumera.
"Na sociedade, existem picos de nomes simples e complicados. Há poucos anos, quanto mais letras dobradas, sem valor fonético (como "h"), ou pouco usadas (como "y"e "w"), melhor era o nome. Hoje, os simples estão em alta", analisa.
Antigamente, os cartórios nem registravam nomes grafados de forma incorreta. Eles tinham uma cartilha para consultar e corrigiam antes de escrever no documento. Atualmente, os pais são os únicos responsáveis pelo nome que vão dar aos filhos.
Cuidados básicos
Não leve em conta apenas a sonoridade do nome. Procure conhecer e se identificar também com o significado. Evite formas linguísticas que você não conhece. Por exemplo, nomes japoneses, se você não domina a língua. Pense nos apelidos que aquele nome pode trazer. Talvez você não goste tanto deles e não tem como controlar apelidos. Fale em voz alta o nome e o sobrenome da criança que vai nascer. Veja se a sonoridade entre eles combina. Muito cuidado com nomes exóticos e de difícil pronúncia. Lembre que seu filho vai carregá-lo para o resto da vida. Economize nas letras dobradas e sem função. Elas só vão fazer com que você e seu filho tenham de soletrar o nome mais vezes. Seguir a tradição familiar, dando o nome do pai ou dos avós, é louvável. Mas, se for homenagear duas pessoas, prefira um nome composto à fusão de dois nomes. Depois que o nome estiver devidamente decidido, nada impede que você mude assim que olhar para o rostinho do bebê. Essa emoção do primeiro contato também deve ser levada em consideração.
Informações: IG Delas.